Por Estadão Conteúdo26/01/24 às 13H34 atualizado em 26/01/24 às 15H10
Os empresários da indústria da construção estão com expectativas mais positivas para 2024. É o que aponta a Sondagem Indústria da Construção, divulgada nesta sexta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa registrou o maior índice de intenção de investimento desde abril de 2014.
O indicador chegou a 47,7 pontos em janeiro deste ano, 3,8 pontos acima do registrado em dezembro de 2023.
Mesmo abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o índice está 10,5 pontos acima da média histórica da série. O indicador utilizado pela CNI na pesquisa varia de zero a 100 pontos, sendo 50 a linha divisória entre expectativas positivas e negativas.
O índice de expectativa de compras de insumos e matérias-primas também revela esse otimismo do setor. Em janeiro, o indicador chegou a 55,2 pontos, um avanço de 5,1 pontos em relação a dezembro de 2023. O índice que mede a expectativa do número de empregados na indústria da construção chegou a 55 pontos, avanço de 4,8 pontos na mesma base de comparação.
A Sondagem ainda revela avanço de 3,6 pontos no índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços, que ficou em 54,6 pontos em janeiro.
“Essa alta no indicador de investimentos está diretamente ligada às mudanças dos principais problemas de 2023. Antes, a falta ou alto custo da matéria, por exemplo, vinha prejudicando os planos de investimento dos industriais”, explicou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
A pesquisa também revela o Índice de Confiança do Empresário da Indústria (ICEI) da construção, que atingiu 55,5 pontos em janeiro de 2024, avanço de 2,4 pontos em relação ao índice de dezembro de 2023.
Com relação ao índice que mede a confiança em relação às condições atuais, houve avanço de 47,8 pontos para 50 pontos. “Como o índice situa-se sobre a linha divisória de 50 pontos, indica uma transição de percepção de piora das condições atuais para uma percepção de estabilidade”, destaca a CNI.
O Índice de Expectativa cresceu 2,5 pontos, para 58,3 pontos. Segundo a CNI, o afastamento da linha divisória dos 50 pontos representa uma expansão mais intensa e disseminada do otimismo entre os empresários industriais.
Problemas
A Sondagem também ouviu dos empresários da indústria da construção quais os principais problemas do setor. No quarto trimestre de 2023, o maior obstáculo apontado pelos industriais foi a taxa de juros elevada, com 27,1% das assinalações. A CNI destaca que o problema está entre os principais enfrentados pelo setor há oito trimestres, sendo que nos últimos seis trimestres ocupou a primeira posição do ranking. Apesar disso, a pesquisa mostra que houve uma redução no porcentual de assinalações pelo segundo trimestre consecutivo.
Em segundo e terceiro lugar no ranking dos principais problemas apontados no quarto trimestre de 2023, aparecem a elevada carga tributária e a falta ou alto custo de trabalhador qualificado, respectivamente.
A pesquisa apontou ainda satisfação dos empresários industriais com relação à situação financeira, que registrou 50,3 pontos no quarto trimestre do ano passado, 0,8 ponto acima do trimestre anterior.
A Sondagem divulgada nesta sexta-feira entrevistou 326 empresas, entre os dias 4 e 16 de janeiro.
por Senai
FONTE: FOLHA DE PERNANBUCO